segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Ainda a Reforma Ortográfica!


Nestas últimas semanas muito se tem falado sobre a nova Reforma Ortográfica que encontrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.
Na zero Hora de domingo, dia 04 de janeiro, na página 15, TEMA PARA DEBATE, o professor, mestrando em Ciências Sociais pela UNISINOS,Clóvis Da Rolt, escreve sobre o assunto Reforma Ortográfica, nos dando um outro enfoque e informações que eu, pessoalmente, não conhecia.
Para os desavisados como eu,Clóvis Da Rold lembra que, além do Brasil,os demais países que falam o português também terão as reformas citadas e que elas são " o resultado das maquinações cerebrais de ninguém menos que José Sarney, que, desde a década de 1990, vinha tentando emplacar a adesão do Brasil à reforma ortográfica".
Você sabia disso?
A reforma não tem o apoio integral da sociedade brasileira nem de intelectuais, escritores e estudiosos brasileiros.
O Jornal Correio Braziliense, em sua edição do dia 04/01/2009, publica uma entrevista com o Best-seller nacional, João Ubaldo Ribeiro, 67 anos,em que diz que " não está nem aí para a reforma. Fala isso da posição de quem senta na cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras (ABL) e já vendeu mais de 3 milhões de livros.
O baiano de Itaparica radicado no Rio de Janeiro não pretende abandonar o trema. Caso contrário, diz que teria de começar a falar linguiça com o i mais forte que o u.
Na tarde de sexta-feira, João Ubaldo enviou um arquivo de aúdio ao Correio em que comenta as alterações feitas na ortografia. As perguntas haviam sido enviadas por e-mail algumas horas antes. O autor do clássico Viva o Povo Brasileiro diz que a reforma não enriquece em nada o idioma, mas que alguém enriquecerá com ela.
Apesar de afetar um grande número de palavras, Ubaldo classifica a mudança como perfunctória (praticada apenas para cumprir uma obrigação, embora inútil) e acha uma injustiça eliminar o trema."
Mais informações: http://www.correiobraziliense.com.br/html/sessao_18/2009/01/04/noticia_interna,id_sessao=18&id_noticia=62590/noticia_interna.shtml

Ainda sobre o artigo do professor Clóvis Da Rold:" A maior violência da reforma, segundo penso, reside no fato de que ela não considera a língua um elemento de coesão nacional, mas um produto de barganha comercial e geopolítica típico do pensamento pré-inteligível da maioria de nossos políticos."
- É mesmo inaceitável vermos até a nossa língua nacional ser barganhada, usada para fins comerciais, geopolíticos ou outros.
Para não nos estendermos demais, sugiro a leitura do Jornal Zero Hora do dia 04/01/2009 ou no site http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2355698.xml&template=3898.dwt&edition=11431§ion=1012.
O professor Clóvis inclusive sugere que nós, seus leitores, continuemos escrevendo como sempre escrevemos, pois, segundo ele, " a língua não tem certo ou errado, ela é sim, uma construção social."

Interessante não?
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